sexta-feira, maio 12, 2006

A minha luta romântica

Quanto mais vivo mais acho a vida um poço de contradições. Às vezes tudo corre bem e irradiamos confiança e felicidade, todos os obstáculos nos parecem ultrapassáveis. Todavia, quando, por algum motivo, a vida nos prega uma partida, tudo se desmorona, perdemos a confiança e toda a força para continuarmos a lutar.

Os traumas, os desgostos e os fracassos marcaram-me imenso, não obstante reconhecer que já fiz muita coisa boa na vida, que realizei muitos sonhos e que tive momentos realmente felizes!

É difícil admitir que a necessidade de escrever é muito maior quando estou em baixo, chegando a ser mesmo incontrolável, mais forte do que eu! E nada melhor do que o Adagietto de Mahler para me inspirar ainda mais ou apenas ajudar a desabafar.

Qualquer coisa me pode inspirar. Normalmente o que me inspira são as pessoas, os sentimentos que elas provocam, pequenas frases e muita música! Não tem de haver necessariamente um homem a mover toda a inspiração, mas confesso que estar apaixonada ou atraída por alguém ajuda muito, intensifica o processo da escrita. Não estou apaixonada, porque não conheço suficientemente nenhum homem para isso, apesar da atracção intensa pelo …. Porém esta atracção é para calcar, aniquilar, destruir completamente. Não me vou apaixonar nem nada do género, apenas para me abrilhantar os olhos e o sorriso, nada mais e talvez já seja um exagero.

(...) posso concluir que a minha missão é lutar pelos meus ideais românticos: pelo verdadeiro amor, onde acima de tudo estão os sentimentos mais nobres, mesmo acima dos problemas materialistas; depois pela igualdade e pela liberdade, contra a violência, guerra, ódio, preconceitos sociais, mentalidades fascistas e claro, contra o machismo! Lutarei sempre pelos direitos das mulheres, pela igualdade em relação aos homens, não obstante admitir que o machismo é apoiado por muitas mulheres. Elas são as primeiras a aplaudir o machismo. Infelizmente.

E não me venham dizer que não vale a pena lutar. Se nenhuma mulher tivesse lutado hoje ainda era obrigada a ser apenas um objecto sexual ou dona-de-casa e nem teria direito a votar e a participar na vida pública. Mas esta luta ainda agora começou porque ainda há muitas batalhas a travar. É esta a minha missão: denunciar as injustiças e lutar pelos meus ideais, por um mundo melhor, onde o amor é o bem mais valioso!

E é assim a vida, como diz o povo, uns dias melhores outros piores, vai-se andando!

Sandra Bastos, 2005

2 comentários:

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