quinta-feira, junho 28, 2007

O que eu sinto

"O que eu sinto é isto: «Neste momento estou a viver a vida que quero, à porta de um restaurante sem nome. Tenho uma dólar na mão para gastar, e vou jantar.» Vamos experimentar tudo o que vem no menu. Depois vamos dar umas voltas por Brooklyn e vamos atravessar a ponte com o panorama de Manhattan espraiado diante de nós, que me parece uma novidade sempre que o vejo. Depois vamos mergulhar na cidade. Vamos arranjar lugar para o carro a poucos quarteirões do meu apartamento na Rua Dez,e vamos comprar leite e o jornal de amanhã. Vamos tirar a roupa e deitar-nos na cama."

Melissa Bank, em "Ao Sabor do Momento"

A porta

"O que eu faria era o oposto do amor, e todavia não era ao amor que eu queria virar as costas, mas sim aos murmúrios que diziam que eu não podia perder aquela oportunidade. O problema era que aquela oportunidade não me parecia uma porta que se abria, parecia ums porta prestes a fechar-se. Eu começara a julgar o Neil para afirmar que eu é que decidia se queria abrir a porta ou não, para afirmar que eu é que escolhia a porta que queria abrir, e que existiriam mais portas que por sua vez abririam outras porta. Entretanto, eu transformara o Neil numa portas."

Melissa Bank, em "Ao Sabor do Momento"

Dena

"Penso em todos os motivos por que considero injusto a Dena pedir-me para não me envolver com o Matthew. Penso também em todos os motivos por que me recusei a prometer-lhe isso, e concluo que esses motivos nada têm a ver com a nossa amizade, mas sim com a forma como agora eu vejo a Dena.

Não sinto pena dela porque ela escolheu passar fim-de-semana atrás de fim-de-semana, Verão após Verão, com um homem que a faz pensar nos seus defeitos, um homem que não a deseja e nunca a desejará; e porque, entretanto, também escolheu envolver-se com um homem casado. Digo a mim própria que eu nunca faria essas escolhas."

Melissa Bank, em "Ao Sabor do Momento"

"here's to love"

Superficialidade

"Quando ela se deita e pega no seu livro sobre o Robert Moses e Nova Iorque, apercebo-me de que não sei nada sobre a história de Nova Iorque nem sobre a história dos Estados Unidos nem sobre a história de nada, nem moderna nem antiga; não tenho noções de geografia e nem sequer sei o que é a física. Tudo isto contribui para a minha superficialidade."

Melissa Bank, em "Ao Sabor do Momento"

Falta de talento

"Quando o Matthew e a Dena vão nadar no lago, pergunto-me porque é que nunca aprendi a nadar, ou a patinar, ou a cantar, ou a tocar piano. Sou preguiçosa; não tenho disciplina; não tenho paciência. Não consigo lembrar-me de ter desenvolvido uma única aptidão e também não me lembro de ter nenhum talento. Mal tenho emprego, quanto mais uma carreira."

Melissa Bank, em "Ao Sabor do Momento"

Todas as manhãs...

"Todas as manhãs fico surpreendida por o auto-rádio ainda estar no carro. Mas reparo que até os carros bons e novos estão estacionados na rua, e não vejo os sinais que costumava ver nos vidros dos carros: NÃO TEM AUTO-RÁDIO; NÃO HÁ NADA NA MALA NEM NO PORTA-LUVAS; JÁ ROUBARAM TUDO."

Melissa Bank, em "Ao Sabor do Momento"

Fi-lo para me sentir em paz

"Mas não foi Deus, nem a religião, nem o meu pai que me levaram a tirar a pulseira. Não o fiz por medo de ser apanhada, nem porque não me queria meter em sarilhos; fi-lo para me sentir em paz comigo."

Melissa Bank, em "Ao Sabor do Momento"

terça-feira, junho 19, 2007

"Omenagem à hortografia"

"A senhora menistra da Educação açegurou ao presidente da República que, em futuras provas de aferissão do 4.º e do 6.º anos de iscolaridade, os critérios vão ser difrentes dos que estão em vigor atualmente. Ou seja os erros hortográficos já vão contar para a avaliassão que esses testes pretendem efetuar.

Vale a pena eisplicar o suçedido, depois de o responçável pelo gabinete de avaliassões do Menistério da Educação ter cido tão mal comprendido e, em alguns cazos, injustissado. Quando se trata de dar opiniões sobre educassão, todos estamos com vontade de meter o bedelho. Pelo menos.

Como se sabe, as chamadas provas de aferissão não são izames propriamente ditos limitão-se a aferir, a avaliar - sem o rigôr de uma prova onde a nota conta para paçar ou para xumbar ao final desses ciclos de aprendizagem. Servem para que o menistério da Educação recolha dados sobre a qualidade do encino e das iscólas, sobre o trabalho dos profeçores e sobre as competênssias e deficiênçias dos alunos.

Quando se soube que, na primeira parte da prova de Português, não eram levados em conta os erros hortográficos dados pelos alunos, logo houve algumas vozes excandalisadas que julgaram estar em curso mais uma das expriências de mudernização do encino, em que o Menistério tem cido tão prodigo. Não era o caso porque tudo isto vem desde 2001. Como foi eisplicado, havia patamares no primeiro deles, intereçava ver se os alunos comprendiam e interpetavam corretamente um teisto que lhes era fornessido. Portantos, na correção dessa parte da prova, não eram tidos em conta os erros hortográficos, os sinais gráficos e quaisqueres outros erros de português excrito. Valorisando a competenssia interpetativa na primeira parte, entendiasse que uma ipotetica competenssia hortográfica seria depois avaliada, quando fosse pedido ao aluno que escrevê-se uma compozição. Aí sim, os erros hortográficos seriam, digamos, contabilisados - embora, como se sabe, os alunos não sejam penalisados: á horas pra tudo, quer o Menistério dizer; nos primeiros cinco minutos, trata-se de interpetar; nos quinze minutos finais, trata-se da hortografia.

Á, naturalmente, um prublema, que é o de comprender um teisto através de uma leitura com erros hortográficos. Nós julgáva-mos, na nossa inoçência, que escrever mal era pensar mal, interpetar mal, eisplicar mal. Abreviando e simplificando, a avaliassão entende que um aluno pode dar erros hortográficos desde que tenha perssebido o essencial do teisto que comenta (mesmo que o teisto fornessido não com tenha erros hortográficos). Numa fase posterior, pedesse-lhe "Então, criançinha, agora escreve aí um teisto sem erros hortográficos." E, emendando a mão, como já pedesse-lhe para não dar erros, a criancinha não dá erros.


A questão é saber se as pessoas (os cidadões, os eleitores, os profeçores, "a comonidade educativa") querem que os alunos saião da iscóla a produzir abundãnssia de erros hortográficos, ou seja, se os erros hortográficos não téêm importânssia nenhuma - ou se tem. Não entendo como os alunos podem amostrar "que comprenderam" um teisto, eisplicando-o sem interesar a cantidade de erros hortográficos. Em primeiro lugar porque um erro hortográfico é um erro hortográfico, e não deve de haver desculpas. Em segundo lugar, porque obrigar um profeçor a deixar passar em branco os erros hortográficos é uma injustiça e um pressedente grave, além de uma desautorizassão do trabalho que fizeram nas aulas. Depois, porque se o gabinete de avaliassão do Menistério quer saber comovão os alunos em matéria de competenssias, que trate de as avaliar com os instromentos que tem há mão sem desautorisar ou humilhar os profeçores.

Peçoalmente, comprendo a intensão. Sei que as provas de aferissão não contam para nota e hádem, mais tarde, ser modificadas. Paço a paço, a hortografia háde melhorar."

Francisco José Viegas escreve no JN, semanalmente, às segundas-feirasIn: JN; 04.06.2007

quarta-feira, junho 13, 2007

Deus

"Não cria num Deus que analisasse todas as orações, atendendo a umas e rejeitando outras, por mais decente ou mais indigno que fosse o requerente. Preferia, pelo contrário, crer num Deus que concedesse dons e capacidades a todas as pessoas, para depois as colocar num mundo imperfeito, onde seriam postas à prova e onde a sua fé teria sentido".

Nicholas Sparks, em "À Primeira Vista"

A terra é pequena

"-A terra é pequena. É o que fazemos por estas bandas. Sentamo-nos num círculo e falamos das outras pessoas. Ficamos a saber como correm as suas vidas, trocamos impressões, avaliamos se os outros estão certos ou errados e, se pudermos, resolvemos os problemas deles na privacidade da nossa própria casa. Na verdade, ninguém admite tal coisa, mas todos fazemos o mesmo. No fundo, é quase um modo de vida."

Nicholas Sparks, em "À Primeira Vista"

Os homens

"Doris encolheu os ombros. - Conheço os homens. Podem fazer uma birra dos diabos, sentirem-se frustrados ou preocupados com o trabalho ou com a vida, mas, no final, se souberes o que os faz correr é uma necessidade quase desesperada de se sentirem apreciados e admirados. Se os fizeres sentir assim, nem sabes o que são capazes de fazer por ti.

Lexie limitava-se a olhar para a avó. Ao prosseguir, Doris mostrava um sorriso melífluo. - Desejam, como é óbvio, fantásticas relações sexuais e esperam que as mulheres mantenham a casa limpa e arrumada, sem deixarem de parecer bonitas e de arranjarem energia suficiente para se divertirem juntos, mas a admiração e o apreço estão sempre presentes."

Nicholas Sparks, em "À Primeira Vista"

Não conseguia estar parado

"Não conseguia estar parado mais do que uns poucos minutos de cada vez; havia sempre algo para ler ou para estudar, a necessidade de escrever era constante. Apercebia-se de que, pouco a pouco, tinha perdido a capacidade de descontrair, de que tinha resultado um longo período da sua vida em que os meses se dissolviam numa massa, sem que nada diferenciasse um ano do outro."

Nicholas Sparks, em "À Primeira Vista"

Namoro e Casamento

"Simples, como vês - explicava Alvin. - Primeiro conheces uma rapariga simpática e namoras durante algum tempo, o suficiente para ambos se convencerem de que aceitam os mesmos valores, para ver se ambos são compatíveis e estão prontos para tomar a grande decisão: «a vida é nossa e queremos vivê-la juntos». Para decidir, por exemplo, qual das famílias irão visitar nas férias, se querem viver numa vivenda ou num apartamento, se preferem um cão ou um gato, quem, pela manhã, toma duche em primeiro lugar, quando ainda há água quente em abundância. Depois disto, se ainda estiverem basicamente de acordo, casam-se."

Nicholas Sparks, em "À Primeira Vista"

sábado, junho 09, 2007

O Velho e o Mar

«É tolice não ter esperança, pensou. Além de que suponho que é pecado. Não penses no pecado. Já sem ele há problemas de sobra. E do pecado não tenho entendimento».

«Não tenho dele entendimento, e até me parece que não acredito nele. Talve fosse pecado matar o peixe. Julgo que terá sido, embora o tenha morto para viver e dar de comer a muita gente. Mas então tudo é pecado. Não penses no pecado. É tarde demais para isso, e há gente paga para pensar nele. Eles que pensem. Tu nasceste para pescador, como os peixes para serem pescados. S. Pedro era pescador, como o pai do grande DiMaggio».

Ernest Hemingway, em "O Velho e o Mar"

Tenho as ideias claras

«Tenho as ideias claras, pensou. Claras demais. Tão claras como as estrelas que são minhas irmãs. Mas preciso de dormir. Elas dormem, e a lua e o sol dormem, até o oceano dorme às vezes, em certos dias, quando não há corrente e a calma é estanhada».

Ernest Hemingway, em "O Velho e o Mar"

segunda-feira, junho 04, 2007

Os Poemas da Minha Vida

“Enquanto outros trazem cruzes e medalhas ao pescoço, eu trago sempre um poema no bolso”

Miguel Veiga

Poemas de infância, de amor e de confidências já maduras. A série Os Poemas da Minha Vida volta a ser editada pelo PÚBLICO, agora numa versão mais alargada. Além de Mário Soares, Miguel Veiga, Freitas do Amaral e Urbano Tavares Rodrigues, outras personalidades conhecidas foram convidadas a partilhar os versos que mais os marcaram. É esse o caso de Marcelo Rebelo de Sousa, Vasco Graça Moura, António Lobo Xavier ou Maria Barroso.

Não perca: http://www.publico.clix.pt/coleccoes/poemasDaMinhaVida/default.asp

Boas Leituras

sexta-feira, junho 01, 2007