quinta-feira, maio 31, 2007

A poesia

«A poesia é mais verdadeira do que a história»

Aristóteles

sexta-feira, maio 25, 2007

Mistério

"É um mistério muito grande. Para vocês que também gostam do principezinho, tal como para mim, nada no universo é igual se nalgum lado, não se sabe onde, uma ovelha que não conhecemos, comeu ou não comeu uma rosa...
Olhem o céu. Perguntem a vocês mesmos: A ovelha comeu ou não comeu a flor? E verão como tudo se altera...
E nenhuma pessoa crescida compreenderá nunca como isso pode ter tanta importância!"

Antoine de Saint-Exupéry, em “O Principezinho”

As estrelas

"-E quando estiveres consolado (acabamos sempre por consolar-nos) ficarás contente por me teres conhecido. Serás meu amigo para sempre. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás a janela sem qualquer razão, só por prazer... E os teus amigos ficarão bem espantados por te ver rir olhando o céu. Então dir-lhe-ás: «As estrelas fazem-me sempre rir!» E eles julgarão que estás louco. Ter-te-ei pregado uma bela partida..."

Antoine de Saint-Exupéry, em “O Principezinho”

O Segredo

"Eis o meu segredo. É muito simples: só se pode ver com o coração. O essencial é invisível aos olhos."

Antoine de Saint-Exupéry, em “O Principezinho”

Cativar

"-Não, disse o principezinho, procuro amigos. O que é que significa «cativar»?
-É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa «criar laços...»
-Criar laços?
-Isso mesmo, disse a raposa. Para mim não passas ainda de um rapazinho muito parecido com cem mil rapazinhos. E não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Para ti sou apenas uma raposa semelhante a cem mil raposas. Mas, se me cativares, teremos necessidade um do outro. Para mim serás único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
(...)
-Só se conhecem as coisas que se cativam, disse a raposa. Os homens já não têm tempo para conhecer o que quer que seja. Compram coisas feitas nos comerciantes. Mas como não existem comerciantes de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres ter um amigo, cativa-me!"

Antoine de Saint-Exupéry, em “O Principezinho”

O geógrafo

"O geógrafo é demasiado importante para poder passear. Nunca deixa o seu escritório. Mas recebe os exploradores. Interroga-os e toma nota das suas recordações. E se as recordações de um deles lhe parecem interessantes, o geógrafo manda fazer um inquérito sobre a moralidade do explorador."

Antoine de Saint-Exupéry, em “O Principezinho”

Um verdadeiro sábio

"-Julgar-te-ás então a ti próprio, respondeu-lhe o rei. É o mais difícil. É muito mais difícil alguém julgar-se a si próprio do que julgar outra pessoa. Se conseguires julgar-te a ti próprio bem, é porque és um verdadeiro sábio.
-Eu, disse o principezinho, posso julgar-me a mim próprio em qualquer sítio. Não preciso de viver aqui."

Antoine de Saint-Exupéry, em “O Principezinho”

quinta-feira, maio 24, 2007

quarta-feira, maio 23, 2007

Alegria do Presente

"Ama muito,
Sofre pouco,
Luta bastante
E VENCE SEMPRE!!!

Sem medo e sem preconceitos do que os outros poderão pensar,
A vida são dois dias e apenas um sorriso entre duas lágrimas.


Aproveita e nunca deixes que a tristeza do teu passado
e o medo do futuro estraguem a alegria do presente!"

Autor desconhecido

quarta-feira, maio 16, 2007

terça-feira, maio 15, 2007

Um amigo

“É triste esquecer um amigo. Nem toda a gente teve um amigo. Posso ficar como as pessoas crescidas que só se interessam por números. (…) O meu amigo nunca dava explicações. Talvez me julgasse semelhante a ele. Mas, infelizmente, não sei ver ovelhas através de caixas. Sou talvez um pouco como as pessoas crescidas. Devo ter envelhecido.”

Antoine de Saint-Exupéry, em “O Principezinho”

Os números

“As pessoas crescidas gostam de números. Quando lhes falam de um novo amigo, nunca vos fazem perguntas sobre o essencial. Nunca vos dizem: «Como é a sua voz? Quais são os seus jogos preferidos Faz colecção de borboletas?» Perguntam: «Que idade tem? Quantos irmãos tem? Quanto pesa? Quando ganha o seu pai?» Só então pensarão conhecê-lo. Se disserem às pessoas crescidas: «Vi uma linda casa, feita de tijolos vermelhos, com gerânios nas janelas e pombas no telhado» elas não conseguem imaginar a casa. É preciso dizer-lhes: «Vi uma casa de dez mil contos». Então exclamam: «Como deve ser bonita!» ”

Antoine de Saint-Exupéry, em “O Principezinho”

Asteróide B 612


“Tenho sérias razões para supor que o planeta de onde vinha o principezinho é o asteróide B 612. Este asteróide foi observado uma única vez ao telescópio, em 1909, por um astrónomo turco.

Fizera, nessa altura, uma grande demonstração da sua descoberta num Congresso Internacional de Astronomia. Mas ninguém acreditou nele por causa das roupas que usava. As pessoas crescidas são assim.”

Antoine de Saint-Exupéry, em “O Principezinho”

As pessoas crescidas

“As pessoas crescidas nunca conseguem perceber nada sozinhas e é muito cansativo, para as crianças, estar sempre a dar-lhes explicações. (…) Tive, assim, ao longo da minha vida, inúmeros contactos com inúmeras pessoas sérias. Convivi muito com as pessoas crescidas. Vi-as de muito perto. Isso não melhorou muito a minha opinião sobre elas.”

Antoine de Saint-Exupéry, em “O Principezinho”

sexta-feira, maio 11, 2007

segunda-feira, maio 07, 2007

domingo, maio 06, 2007

A explicação da estupidez

"A explicação do capitão Jaime Forza Leal, com a camisa aberta sobre a nesga da cicatriz, era inesperada, mas ao mesmo tempo tão reveladora que várias pessoas do cortejo se sentiram a princípio chocadas pela estupidez, depois sentiram ódio pela estupidez e a seguir indiferança pela estupidez. Não se conseguia ter solidariedade com quem morria por estupidez como aqueles blacks. Entreolharam-se estupetactos. Já não importava quantos mainatos não tinham regressado ao seu subtil emprego. Já não importava - e mulher de oficial que vertesse uma lágrima, furtiva que fosse, por qualquer mainato desaparecido durante aquela noite, deveria ser considerada estúpida. De repente, as roupas de dormir em que a maioria se encontrava no hall roçagaram duma outra maneira. Tudo parecia distinto do que tinha sido imaginado, ficando de súbito aquela madrugada sem piedade e sem beleza, já que havia um caso de estupidez atrás. Esse molho acre, e sudoroso, a estupidez. Como era possível?"

Lídia Jorge, em "A Costa dos Mumúrios"

Skirl ( Kazabue )

sábado, maio 05, 2007

Ternura

"A imaginação despertava a ternura.

Ternura? Sim, e amor, e excitação. Os noivos, por exemplo, sentiram que não estavam ali a fazer nada em comparação com o que poderiam fazer se recolhessen ao pequeno quarto. Afinal, o noivo era um dos que dentro de escassos dias sairia para Mueda. O prenúncio de vitória que chegava daquela forma tão evidente na noite do seu próprio casamento impelia-o para o amor como as sementes para a terra. O noivo receou que o seu robe se abrisse e se descompusesse. A sua espingarda de carne irrompesse no terraço como um ramo que se solta. Comprimi-a, mas enquanto os outros enxergavam com binóculo, ele pressentia as coisas sem as olhar e metia as mãos como duas centopeias pelo decote da noiva até se apoderar dos dois montículos de Evita. Aliás, ali mesmo, no terraço, podiam ambos soltar pequenos gemidos sem que nonguém desse por isso, uma vez que todos os seus, ainda que aparentemente por outros motivos".


Lídia Jorge, em "A Costa dos Mumúrios"

"essa hora"

"Aliás, todos aguardavam essa hora, cada qual pelo seu mainato que já imaginavam de pés hirtos, olhos fechados para sempre, dentro de um terrível carro de transportar lixo. Mas ainda só se trabalhava com suposições, porque a razão verdadeira, essa ainda ninguém sabia."

Lídia Jorge, em "A Costa dos Murmúrios"

quinta-feira, maio 03, 2007

Os noivos

"Os noivos olhavam-se cheios de ternura. Para além deles não estava ninguém no pequeno bar de caniço, e como o fim do dia era de mais, podiam beijar-se só para eles mesmos, pela boca e pelas orelhas, impelidos sem dúvida pelo instinto de nidificação que suspirava do mundo."

Lídia Jorge, em "A Costa dos Murmúrios"

Pena!

"Pena! Ainda era muito cedo para se fechar a tarde, ainda era muito cedo para se falar de guerra, que aliás não era guerra, mas apenas uma rebelião de selvagens. Ainda era muito cedo para se falar de selvagens - eles não tinham inventado a roda, nem a escrita, nem o cálculo, nem a narrativa histórica, e agora tinham-lhes dado umas armas para fazerem uma rebelião..."

Lídia Jorge, em "A Costa dos Murmúrios"

O beijo

"O fotógrafo subiu a cadeiras e desceu até ao chão, de modo a ficar completamente estendido para apanhar o beijo em todas as posições. Por isso, o noivo continuava com os olhos fechados, e ela só de vez em quando abria os seus, e o cortejo aplaudia incessantemente como no final duma ária subtil que certamente não se ouvirá jamais."

Lídia Jorge, em "A Costa dos Murmúrios"

Now we are free

A boca

"O noivo aproximou-se-lhe da boca, a princípio encontrou os dentes, mas logo ela parou de rir e as línguas se tocaram diante do fotógrafo".

Lídia Jorge, em "A Costa dos Murmúrios"

quarta-feira, maio 02, 2007

O que tu és

"Sabias que és fácil, difícil e impossível?!!?...
Pois mas és...

És FÁCIL de querer,
DIFÍCIL de encontrar e
IMPOSSÍVEL de esquecer!!"

Autor desconhecido

Se existir que seja assim

"Se existir guerra, que seja de almofadas

Se existir fome que seja de amor

Se for para esquentar que seja o sol

Se for para enganar que seja o estômago

Se for para chorar que seja de alegria

Se for para roubar que seja um beijo

Se for para perder que seja o medo

Se for para cair que seja na gandaia

Se for para ser feliz, que seja o tempo todo!!!

Amigos nunca se perdem, apenas trilham caminhos diferentes... mas permanecem sempre num lugar chamado coração..."

Autor desconhecido