terça-feira, abril 11, 2006

"Sensibilidade e Bom Senso" - parte II (opinião)

Continuando…
Antes contar o que acontece a Edward e Elinor, e também a Lucy, vou apresentar a outra personagem principal – Marianne!

Marianne é o oposto de Elinor! Muito sensível, romântica e espontânea, não se preocupa com o que está certo ou não, apenas segue o seu coração! Se não gosta de uma pessoa, não se dá ao trabalho sequer de ser simpática!


A sua vida muda completamente em Barton, quando conhece, por acaso, o lindo e sedutor Willoughby, que parece ter tudo a ver com Marianne. Gosta dos mesmos livros, das mesmas músicas, dos mesmos lugares… parecem almas gémeas! Entre eles surge logo uma grande cumplicidade. Marianne apaixona-se completamente e não faz nada para o disfarçar. Quando os pombinhos pareciam assumir o seu amor, Willoughby vai para Londres por tempo indeterminado, deixando Marianne desolada. Mas por que vai Willoughby para Londres tão repentinamente e sem nenhuma explicação? Conto mais tarde…

Simultaneamente, outro personagem entra em cena, o coronel Brandon. Um homem com trinta e cinco anos, maduro, mas muito triste. Apesar da grande diferença de idades entre ele e Marianne, esta tem dezassete, o coronel apaixona-se por ela, mas percebe que ela não quer nada com ele, nem repara sequer que ele existe… Coitado, coração destroçado…


Em tempos, quando era muito mais jovem, Brandon sofreu um grande desgosto de amor. Vivia um romance com uma jovem chamada Eliza, mas foram separados, poucos momentos antes de fugirem para a Escócia. Ela acabou por casar com o irmão de Brandon e este foi mandado para longe e, mais tarde, para as Índias Ocidentais. Além de terem ficado separados, Eliza divorciou-se e entregou-se a uma “vida de pecado” (usando a expressão da própria Jane Austen). Brandon encontra finalmente (passados muitos anos) Eliza mas num estado lastimável – “tão alterada… tão envelhecida… gasta por todo o tipo de sofrimentos! (…) O seu aspecto mostrava que ela estava no fim.” Bem, é mesmo verdade, Eliza morre, mas com Brandon presente nos seus últimos momentos.

Eliza deixa uma filha, fruto de uma das muitas relações que teve, ao cuidado do coronel, mas que, por falta de condições, foi criada num colégio e depois por uma tutora. Estes pormenores todos não aparecem por acaso. A filha de Eliza mete-se com um sedutor e engravida. Se ainda agora é um escândalo imaginem há duzentos anos. Coitada da rapariga! E quem era esse sedutor? Coincidência das coincidências: Willoughby.

Mas como é que se vai desenrolar o resto da história? Afinal, Willoughby ama ou não Marianne? É ou não um completo sacana? E o infeliz do Brandon? Terá direito a uma oportunidade?

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