quarta-feira, abril 19, 2006

"Sensibilidade e Bom Senso" - conclusão

Bem, Marianne e Elinor vão passar uma temporada a Londres. Num dos bailes da capital, Marianne tem a (in)felicidade de encontrar Willoughby. Todavia, este está acompanhado por Miss Grey, com quem vem a casar. Marianne fica desesperada pela indiferença do amado e deixa-se levar pelos devaneios românticos, achando que morrer por amor é uma glória. Marianne deixa de comer, vai passear à chuva e apanha uma grande infecção que quase a mata. Durante a doença de Marianne, é fundamental o apoio do coronel Brandon, que faz tudo ao seu alcance para ajudar a sua querida jovem.

Entretanto, ainda em Londres e antes da doença de Marianne, Lucy torna-se muito amiga de Fanny Dashwood, chegando mesmo a revelar-lhe o segredo do seu noivado com Edward. A reacção de Fanny e dos Ferrars não podia ser pior. Edward é deserdado e condenado à revelia da família. O seu irmão Robert é eleito único herdeiro dos Ferrars.

Brandon, sabendo da triste situação do amigo de Elinor, oferece-lhe a sua paróquia em Delaford. Lucy deixa cair a máscara. Edward pobre? Assim, é melhor mudar de rumo! Foi o que ela fez, ardilosa como sempre, seduziu Robert e libertou Edward de um noivado penoso. Acabou rica como sempre sonhara, mas como esposa de Robert Ferrars.

As conclusões finais não surpreendem. Obviamente Edward voltou para Elinor e Brandon, mais lentamente, conquistou Marianne. As duas irmãs, para além de serem felizes no amor, acabam por viver perto uma da outra, com a mais sensibilidade para Elinor e bom senso para Marianne.


A surpresa reside no facto de Willoughby ter amado realmente Marianne: “O seu arrependimento pela sua má conduta era sincero e não havia possibilidade de dúvidas… assim como pensou durante muito tempo no coronel Brandon com inveja e em Marianne com pena.” Foi traído pela ambição do dinheiro, por isso casou com uma mulher rica e abandonou Marianne. Infeliz no amor, mas não inconsolável, até porque “encontrou um grau razoável de felicidade conjugal”, não obstante Marianne ser “o seu modelo secreto de perfeição feminina…”

Mais pormenores, só lendo o livro, que vivamente recomendo…

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