"Que última palavra me deste? Palavra de amor, de ira, de ordem seca em estalo. Palavra para lembrar. Pela vida inteira, a tua última palavra. A que selasse por uma vez a linguagem do sangue, de um destino comum. Não a recordo. Vejo antes a tua face retraçada de cólera. E os olhos baixos, directos ao chão. Cólera contra ti, contra a vida, contra mim. Forma de talvez me amares na tua dedicação animal."
Vergílio Ferreira, em "Para Sempre"
domingo, outubro 30, 2005
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