«Oh, porque não chorei e me desfiz em lágrimas para aliviar a minha angústia. Senhor, tu não existes! Pedi-te a tua protecção para ele! Que cuidasses dele por mim. Foi o que te pedi. Mas tu só te ocupas das almas. E o que eu quero dele é o corpo. Nu e quente de amor; fervendo de desejos; esquadrinhando o transparente suspenso do seu. O meu corpo leve e sustido e solto pela sua força. Que farei agora com os meus lábios sem a sua boca para os preencher? Que farei dos meus doridos lábios?»
Juan Rulfo, em "Pedro Páramo"
domingo, outubro 30, 2005
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