“Só elas sabiam quanto pesava o homem que amavam com loucura e que talvez as amasse, mas que tinham tido que continuar a criar até ao último suspiro, dando-lhe de mamar, mudando-lhe as fraldas sujas, distraindo-o com historinhas de mãe para lhes aliviar o terror de sair de manhã e dar de cara com a realidade. E, no entanto, quando o viam sair de casa, instigado põe elas próprias a engolir o mundo, então eram elas que se ficavam com o terror de que o homem não voltasse nunca. Isso era a vida. O amor, se o houvesse, era uma coisa à parte: outra vida.”
Gabriel García Márquez, em "O Amor nos Tempos de Cólera"
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